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O que explica o “boom” de lavanderias self service em cidades de SC

Estabelecimentos compartilhados para lavar e secar roupas têm ganhado espaço em municípios catarinenses; veja o que tem

Estabelecimentos sem atendentes em que o próprio cliente libera as máquinas para lavar e secar suas roupas. As chamadas lavanderias self service ou de autosserviço vivenciam um “boom” em cidades de Santa Catarina com a inauguração de novas unidades. Mais comum em países como os Estados Unidos, esse formato caiu nas graças dos brasileiros nos últimos anos por diferentes motivações.

A Associação Brasileira de Lavanderias (Abralav) estima que existam atualmente cerca de 3 mil lavanderias self service no país. O diretor operacional da entidade, Mário Lodi, explica que o formato surgiu no país há seis anos e inicialmente era voltado para condomínios, com lavanderias compartilhadas em prédios. Em pouco tempo, o modelo ganhou as ruas e se transformou em alternativa para os moradores.

O ramo das lavanderias de autosserviço foi visto como uma oportunidade para o casal En’Ray Perez e Jucéli Lira. Após trocar Porto Alegre por Blumenau, em 2019, os dois sentiram na pele a dificuldade para secar roupas no inverno chuvoso da cidade catarinense. Dias depois, viram nas redes sociais um anúncio de uma rede de franquias de lavanderias self service. Em pouco tempo, os dois já colocaram em prática o plano de abrir uma unidade na cidade do Vale do Itajaí.

De lá para cá, o negócio prosperou e hoje já são cinco filiais na cidade, sendo duas anexas a postos de gasolina e três em condomínios. En’Ray concilia as lavanderias com outras operações comerciais como venda de máquinas de lavar.

O empresário conta que o negócio surgiu como um conceito novo na cidade, mas que atualmente já existem mais de 30 estabelecimentos deste tipo no município. O perfil dos clientes é variado.

— O público é bastante diverso, mas com predominância um pouco maior do masculino. Muitos estudantes, que não têm espaço ou não querem investir em uma lavadora para um curto prazo ou pessoas que moram sozinhas também costumam aderir — explica.

O fisioterapeuta Rafael Padoin, 30 anos, é um dos que passaram a aderir à lavanderia de autosserviço.

— É uma solução prática, com facilidade, preço acessível e perto de casa, então acaba compensando — explica.

Franquia se inspirou em modelos dos EUA

As lojas de Blumenau fazem parte da Lavô, uma das maiores redes de franquias de lavanderias de autosserviço. O fundador da rede, Angelo Max Donaton, conta que a ideia surgiu após uma visita aos Estados Unidos, onde o formato de lavanderias compartilhadas é tradicional, e depois de perceber dificuldade de amigos em lavar roupas durante viagens pela América Latina. Os primeiros negócios surgiram na pandemia de Covid-19, e “explodiram” nos últimos anos. Vantagens nos custos em comparação com a lavagem de roupas em casa e em questões como a sustentabilidade são citadas por ele como motivações dessa adesão aos negócios.

— Eu brinco que fomos uma nova “paleteria”, relacionando com aquela antiga onda de paletas mexicanas. Mas não somos sazonais, todos lavam roupa, somos um gênero de primeira necessidade. A probabilidade de ser uma febre é muito pequena — conta.

O empresário afirma que o negócio agrada especialmente membros da chamada geração Z, que tem menos apego em comprar equipamentos para casa e buscam mais alugar ou usufruir de algo apenas no momento em que há a necessidade. Já para os empresários, é uma opção de franquia interessante por não necessitar de funcionários e poder ser gerenciada paralelamente a outros negócios.

— Hoje temos 615 unidades no país e muitos dos franqueados já estão apostando em máquinas maiores, ampliação das lojas, acessibilidade — conta Donaton.

O que explica o boom das lavanderias self service

Custos

Um dos diferenciais que segundo empresários do setor têm feito as lavanderias self service ganharem espaço é a vantagem financeira. A lavagem de um cesto médio de roupas custa entre R$ 14 e R$ 17 em estabelecimentos de SC consultados pela reportagem. Produtos como sabão em pó e amaciante já estão inclusos. Por conta disso, a economia em energia elétrica, água, produtos de limpeza e também o investimento em uma máquina, que pode passar de R$ 4 mil, em caso de lava e seca, seria um dos fatores que motivam os clientes a procurarem esses estabelecimentos.

— O pessoal sabe fazer conta, sabe que pagar água, energia, produto químico na sua casa tem custo muito alto, então vale a pena — defende Mário Lodi, da Abralav.

Perfil das moradias

Outro fator que pode explicar o recente boom de lavanderias self service em cidades de SC é o perfil das novas moradias. Apartamentos pequenos, com pouco ou nenhum espaço dedicado a áreas de serviço, tem feito pessoas mudarem de hábito para adotar a lavação de roupas nos locais externos de autosserviço. A possibilidade de já lavar e secar os produtos, sem exigir espaço para pendurar roupas em casa, é um atrativo. O maior número de pessoas morando sozinhas também é citado por empresários do segmento como um elemento que contribui para a adesão a essas lavanderias.

— Muitos motivos diferentes levam os clientes até nossas lavanderias. Muitos vão porque a máquina de casa estragou, e no fim eles acabam nos dizendo “nem mandei mais arrumar”. Ou acabam utilizando apenas para lavar tapetes, produtos para PET, itens que não podem lavar nas lavanderias — explica o empresário Angelo Donaton, da Lavô.

Clima

As diferenças de clima no país também interferem nos motivos que fazem clientes optarem por esses estabelecimentos. No Sul do Brasil, períodos chuvosos que impedem a roupa de secar contribuem para a procura de clientes. A maresia, no litoral, e o sol forte que pode gerar desgaste às roupas, em áreas como o Centro-Oeste, são outros elementos climáticos que têm influência. Em outras regiões, como o Nordeste do país, é a falta da máquina de lavar em parte das residências o que mais leva clientes a esses estabelecimentos. Segundo estimativa de uma rede de franquias, somente 4% das residências do país têm secadora.

Tempo e comodidade

Por serem máquinas de uso profissional, um ciclo de lavação de roupas dura em média 35 minutos e de secagem, 45 minutos. O tempo é menor do que o de máquinas de uso doméstico. Com isso, empresários do ramo afirmam que os clientes podem ganhar tempo, além de aproveitar as idas até a lavanderia para resolver outras situações em áreas centrais das cidades. A comodidade de não precisar estender roupas e questões de sustentabilidade como o fato de as máquinas consumirem bem menos água também são citadas como atrativos.

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